Abaixo o discurso na íntegra do deputado Bira do Pindaré( 12/03/2012):
"O SENHOR DEPUTADO BIRA DO PINDARÉ (sem revisão do orador) – Senhor presidente, colegas parlamentares, imprensa, galeria, servidores da Casa, povo do Maranhão. Boa tarde. Eu gostaria, senhor presidente, neste Pequeno Expediente, fazer referência ao requerimento de nossa autoria dirigido ao magnífico reitor da Universidade Estadual do Maranhão, senhor José Augusto Silva de Oliveira, solicitando informações sobre o funcionamento do curso de Medicina na cidade de Caxias e eu faço os seguintes questionamentos. Primeiro lugar, por quais motivos os aprovados pelo concurso público, professores aprovados em concurso público realizado pela instituição e publicado no edital não foram nomeados até agora. Eu recebi essa denúncia por parte do Diretório Acadêmico dos estudantes de medicina de Caxias, que sustentam a informação comprovada de que houve o concurso público e até agora não foram nomeados professores, e o curso de medicina corre o risco de não funcionar. Portanto, é um esclarecimento, mas é também uma urgência que a UEMA resolva essa situação. E que, o curso de medicina, o único curso de medicina mantido pelo estado do Maranhão, não feche as portas. Que ele possa continuar funcionando. E ali, deputado Marcelo, além dos professores que não são nomeados, o laboratório da Universidade até hoje funciona precariamente, deputado Fufuquinha, que é acadêmico de medicina, para se ter uma ideia, não há sequer um cadáver feminino no laboratório da Universidade de Medicina de Caxias. E eu pergunto a vocês, nesse mês que lembra a luta das mulheres, como é que um estudante de medicina pode se preparar para cuidar das doenças femininas, se não tem sequer um cadáver, um objeto de estudo, de pesquisa naquele laboratório. E é o segundo questionamento que nós fazemos esse requerimento. Então senhores, trata-se do ambulatório do curso lá em Caxias, existe um ambulatório que deve funcionar como escola dos estudantes de medicina e que até hoje não funciona. Fizeram até anúncios, botaram placas em frente ao prédio que seria ali o ambulatório escola dos estudantes de medicina, mas até hoje não funcionou, continua fechado o prédio e a população precisa e os estudantes mais ainda e o Maranhão nem se fala, porque o Maranhão tem o pior déficit de profissionais médicos de todo o Brasil, e a única faculdade de medicina mantida pelo Estado está dessa forma e nós estamos no mês da Campanha da Fraternidade, que trata exatamente sobre o tema: Saúde Pública. E é dessa forma que a saúde pública está sendo tratada no Estado do Maranhão. Portanto, senhor Presidente, eu solicito essas informações, é o mínimo que o Estado do Maranhão pode fazer nesse momento, é esclarecer aos estudantes de medicina, a população de Caxias e a população do Maranhão inteiro, porque formar médicos nesse Estado é prioridade Dra. Vianey, que é deputada aqui nessa Assembleia, é prioridade. Nós não temos médicos até os planos de saúde não conseguem mais atender aqui no estado do Maranhão, as mais diversas especialidades que se possa imaginar, não se encontra atendimento, mesmo que se tem dinheiro para pagar, porque não há profissionais, não há pessoas formadas para atender a nossa população e os próprios cursos existentes estão formando estudantes que daqui a pouco vão abandonar o estado do Maranhão. É o caso do curso de medicina da UFMA, por exemplo, a maioria aprovados pelo ENEM, a maioria de outras localidades do Brasil eles não são maranhenses. O que vocês acham que vai acontecer quando eles concluírem o curso? Eles vão voltar para seus Estados de origem e o maranhense vai viver uma situação muito mais grave do que aquela que já é vivida atualmente. Portanto, é urgente que a UEMA resolva essa situação do curso de medicina em Caxias e a gente vai está vigilante e esperamos que a Casa aprove esse requerimento e que a UEMA responda e mais do que isso resolva a situação do curso de medicina no município de Caxias. Muito obrigado Senhor Presidente."
O CAMABA agradece o Deputado Bira por ter mostrado interesse em defender os estudantes do curso de Medicina da UEMA, tendo em vista que teve deputados que fecharam os olhos para estes problemas.
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